domingo, 18 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
Tempos e Propósitos
Revendo
uns escritos antigos de uma outra época. Um tempo de outras
vivencias. Tempo de lutas internas e externas, que nem eu
compreendia. Hoje nem se quer me lembrava de que tudo aquilo havia acontecido. Foleando e relendo o passado, vi o quanto Jesus Cristo trabalha
em nossa vida. Mesmo nos momentos em que não percebemos.
Principalmente nos tantos momentos não percebidos.
Segue
a baixo trechos,transcritos de quase dez anos atrás. Eu mesmo me
surpreendi com o que lia. Ao ver, parecia estar lendo a história de
uma outra pessoas da qual já não me lembrava. Da qual sabia, onde a permanência naqueles caminhos levariam.
...mas
a tristeza do mundo opera a morte.
[1]
...
Trechos esparsos de um contexto passado.
Data provável: 2001/2002
Data provável: 2001/2002
Primeiro
não sabia o que queria, apenas sonhava, agora nem sonho mais. Os
sonhos me abandonaram. Ou será que eu abandonei os meus sonhos?
Não sei se a confusão está dentro de mim ou fora, no mundo, onde eu estou projetado e ao mesmo tempo deslocado e perdido.
Dói
não dominar as explicações. Minha mente trabalha de forma
incontrolável, voraz, sagaz, ela já não é a mesma, meu corpo já
não é o mesmo. Uma reação em cadeia foi iniciada e já não pode
mais ser controlada. As rédeas se soltaram e já não as consigo
encontrá-las
Me
perdi dentro de uma realidade distorcida. Um sonho mal realizado. O
temor de não saber o que se teme. A fome, não a física uma outra
maior, inexplicavelmente maior.
A
face invisível da melancolia se apresenta pela primeira vez. E
depois de vista nunca mais será esquecida.
Sua
força em meu peito só pode ser comparada a criação de um
universo, que sai de você e se torna exterior, independente. Dentro
o que sobra é escuro, vazio e úmido.
Não
sei mais o que sinto. Não sei se quer se sinto alguma coisa. Porque
a tempestade sempre volta, trazendo consigo escuridão, frio e medo e
sempre leva para si, algo que você achava ser valioso.
Agora
o objetivo é conviver com a chuva fria que cai, só que agora
triste, sozinho e num terreno espinhoso. Atrás apenas rastros de
pés descalços e cansados demais para aguentar. Agora é só você e
Deus.
O
tesouro que você encontrou não vale mais nada. E depois da
tempestade, todos os navios afundaram.
Não
vejo a dor que sinto mas percebo suas feridas abertas deixadas por
ela diariamente. Como conviver com isso.
Existem
perguntas vitais sendo feitas. Me sinto tão fraco e vulnerável. As
vezes não sinto o chão sob os meus pés, sei que isso é aquela
linha invisível e ténue entre a loucura e a sanidade. Questões
atormentam minha mente, noite e dia. Não começou ontem ou anteontem
mais sim há anos. Anos de uma loucura muda, que grita dentro de um
peito a espera de uma resposta. Anos de agonia, anos que a tempestade
veio e a calmaria se foi e nunca mais voltou. Onde o sol parece nunca
brilhar.
Vivêncio
o desespero permeado por silêncio e dor. Silêncio meu e dos outros. Uma dor muda. Muda pois os ouvidos à volta, dos que tais dor sentem,
sempre se fazem surdos demais, já que na verdade ela grita, esbraveja e
reluta usando as últimas forças que lhe resta mas ninguém ouve e
ninguém vê. Alguns talvez sintam mas não se sentem capazes de
fazerem nada.
Sentimentos
contrários explodem no meu peito o tempo todo. Mudar é tão
difícil, continuar mais ainda.
...
Porque
a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, o
qual não traz pesar... [2]
Vi
que ao ler meus próprios escritos não reconhecia em mim, hoje quase
dez anos depois, o mesmo pessimismo a mesma pessoa. Tais coisas era
de um tempo em que Deus era apenas uma ideia distante e distorcida da
qual eu fugia com todas as minhas forças conscientes e
inconscientes.
Um
Deus ao qual, mais ou menos um ano após esses trechos, eu decidiria
abraçar e com todas as minhas forças agarrar e compreender seus
planos para mim e para os que me cercam. Vi uma evolução acontecer
nem rápida demais, que de alguma forma eu não pudesse assimilar e
viver. Nem lenta demais de forma que eu pudesse desanimar de suas
metas e seus caminhos. Perfeita em seus tempos e propósitos.
Um
tempo e um caminho certo havia sido traçado. Não entendi tudo que
se passou nesse tempo. Mas de uma coisa eu sabia que Aquele mesmo,
que me chamou de tão densas trevas, me sustentaria e me fortaleceria
nesta nova jornada.
As
dúvidas, do mesmo jeito que se formaram, pareciam com perseverança,
se dissiparem. Transformando-se em certezas tão arraigadas que nem
as maiores tempestades poderiam abalar. Já que meu novo refúgio era
o Altíssimo.
As
mudanças de Deus trazem vida e descanso para nossas lutas e
aflições. Geram em nós, vasos de barro, um tesouro Dele e para Ele
e mesmo que o vaso se quebre Suas mão são abeis para consertá-lo e
seu tesouro nunca se perde pois jamais será arrebatado de Suas mãos.
Hoje entendo o significado de: Minha alegria é o Senhor.
Fonte:
[1]
– [2] 2 Coríntios 7:10
sábado, 3 de dezembro de 2011
A Lógica das Crianças
Pai reforma apartamento
do térreo.
Depois de algum tempo, conversa com filho de seis anos no corredor do segundo
andar, onde eles moram.
O pai diz: Acho que
vamos nos mudar lá para baixo. O que você acha?
O filho de seis anos
diz: Não.
O pai pergunta: Por que
não?
O filho responde: Não,
porque não!
O assunto se encerra.
A lógica irrefutável
do filho parece prevalecer.
Tudo que se ouve agora
no segundo andar do corredor daquele prédio é pai e filho em um
profundo silêncio.
O filho já brincando com alguma outra coisa.
O pai, por sua vez, em
uma reflexão que parece durar muito tempo.
Não é atoa que o
Reino dos Céus pertence as crianças.
Jesus, porém, disse: Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus.
Mateus 19:14
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Venham Todos os Cansados
Compaixão é uma
mescla de coisas que aparentemente são opostas.
Tristeza e alegria.
Um pesar gerado em nós
para com a dor do outro.
Que deveria nos mover
ao seu encontro.
E ajudar.
Eis o exemplo do
Altíssimo para conosco.
A nossa dor que se
mescla com o seu auxílio e alegria em ajudar e se transmuta em algo
novo, maior e que dissemina sementes por onde quer que passe.
Um exemplo sem igual.
domingo, 27 de novembro de 2011
Eterno
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Aprendemos
a amar o fugaz, o transitório e o passageiro. O recebemos, logo
cedo, na nossa mais tenra idade. Parece ser a nossa primeira grande
lição nessa vida. Em mim mesmo vejo que as sementes do fugaz
cresceram e se enraizaram de forma tão profunda que dói ao tirar
suas raízes.
A cada
uma arrancada um espaço vazio. Enxergamos o medíocre como
essencial, pois fomos ensinados a vê-lo desta maneira e esquecemos
que a essência de tudo já está dentro de nós mesmos. Continuamos
procurando lá fora, no mundo, nas coisas, nos bens materiais, em
tudo, menos no lugar mais perto que pode existir, em nós mesmos.
Reclamamos da chuva que caiu no sábado e do sol que se fez em plena
segunda. Nos sentimos traídos por situações que na verdade são
oportunidades de encontrarmos o verdadeiro Reino de Deus que existe
dentro de nós.
Nossa
insensibilidade com as coisas espirituais é tanta que criamos a
insatisfação e a tomamos como melhor amiga e companheira de todas
as horas. Reclamamos do tempo, do dia, das pessoas, do sol, da chuva,
do vento, enfim clamamos negativamente a todo o universo criado e a
nós mesmos, para que dessa forma demonstremos nosso descontentamento
com o mundo e principalmente conosco.
Traímos
e somos traídos, pois não vemos a imensa oportunidade que nos é
entregue de graça. Sem preço e sem dinheiro, nos é dada. Fomos
ensinados e doutrinados no condizente aos preços e valores, outra
lição muito bem aprendida. Desconfiamos da graça. Não dessa graça
mundana que mais parece a sua ausência. Mas de uma outra graça uma mais
sutil, sublime e verdadeira. Percebo como os homens se tornaram
desconfiados. E por não confiar perde-se o bem mais precioso que
poderia existir. Percebo a barganha que todos os dias é feita, do
que realmente importa pelo transitório e passageiro.
Leio em
suas rugas e em seus cabelos brancos, não a sabedoria que lhes
deveriam ser frutos naturais, mas simplesmente a insensatez a muito
trabalhada nos corações.
Pois o
importante é invisível aos olhos, diz o autor de livros infantis.
Pois o que é importante é invisível aos olhos repito eu a todos os
adultos deste planeta. Temo que minha voz não alcance a surdez
destes ouvidos e que a loucura dessas cabeças não entenda a
mensagem.
Mesmo
assim repito o que já foi dito:
O REINO
DE DEUS NÃO VEM COM APARÊNCIA VISÍVEL. [1]
O REINO
DOS CÉUS ESTÁ DENTRO DE VÓS. [2]
Busquem-no.
Busquem-no
enquanto ainda podem achar.
Referência:
[1] Lucas
17:20
[2]Lucas
17:21
Ser
Ser ultrapassa o
entender.
Ser diz respeito ao
imensurável.
Ser é por definição
impronunciável.
A mente se perde em
suas conjecturas diante Dele.
Ouve-se o seu emudecer.
Silenciar-se.
Vejo-a caminhando
errante e impetuosa, quase sempre.
Não fosse frente ao Eu
Sou, a impetuosidade dela se cala.
Não se ouve sua voz,
sua inquietante e persistente voz.
Vejo-a a um passo do
abismo.
Onde trevas e luz são
a mesma coisa.
Pronunciar-se
significaria dar aquele último passo.
Aquela última
inclinação frente ao desconhecido.
Ela sabe que seria sua
própria extinção.
Relutante só lhe
sobra, parar e aquietar-se.
Nós, por outro lado,
trazemos os traços de Sua imagem e semelhança.
Trazemos aquele centro
do furacão em nosso peito.
Que, mesmo vilipendiado
pelos dias, clama pelo próximo passo.
Precisamos ser
corajosos.
Precisamos do próximo
passo.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Toda a Beleza do Mundo
Toda a carne é erva e toda a sua beleza como a flor do campo.
Seca-se a erva, e cai a flor
Isaías 40:6-7
Seca-se a erva, e cai a flor
Isaías 40:6-7
Toda a carne é erva e toda a sua beleza como a flor do campo.
Seca-se a erva, e cai a flor
Isaías 40:6-7
Seca-se a erva, e cai a flor
Isaías 40:6-7
Toda a carne é erva e toda a sua beleza como a flor do campo.
Seca-se a erva, e cai a flor
Isaías 40:6-7
Seca-se a erva, e cai a flor
Isaías 40:6-7
Toda a carne é erva e toda a sua beleza como a flor do campo.
Seca-se a erva, e cai a flor
Isaías 40:6-7
Seca-se a erva, e cai a flor
Isaías 40:6-7
Toda a carne é erva e toda a sua beleza como a flor do campo.
Seca-se a erva, e cai a flor
Isaías 40:6-7
Seca-se a erva, e cai a flor
Isaías 40:6-7
Toda a carne é erva e toda a sua beleza como a flor do campo.
Seca-se a erva, e cai a flor
Isaías 40:6-7
Seca-se a erva, e cai a flor
Isaías 40:6-7
Uma voz diz:
Clama.
Respondi eu:
Que hei de clamar?
Toda a carne é erva, e toda a sua beleza como a flor do campo.
Seca-se a erva, e murcha a flor...
Isaías 40:6-7
Fé, esperança e amor
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Eis as palavras do Apóstolo aos Coríntios.
Retrata assim a mutabilidade das coisas. Levando-nos a entender que o Perfeito existe e acabará por nos encontrar, cedo ou tarde, não importa. Sabe-se que sempre está à porta. Pois a nós, mortais, só é dado o presente. Temos em nossas mãos apenas o presente!
Apesar das conjecturas sobre o futuro, que muitas vezes obscurecem a única coisa que realmente possuímos o agora.
E as infindáveis lembranças do passado, que clamam por atenção sem dizer exatamente a que veio e porque se prolonga tanto ocupando o hoje que já não lhes pertence. Obstruindo a passagem deste momento, deste único e precioso momento, que jamais se repetirá na nossa história.
O Apóstolo nos fala daquela parte em nós que está sempre a esperar sua completude. Fala-nos do enigma que buscamos decifrar e que um dia, no presente, se mostrará face a face.
E conhecerei como sou conhecido.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
C.S Lewis
O problema real da vida cristã aparece onde as pessoas normalmente não o procuram. Ele aparece no instante em que você acorda cada manhã. Todos os desejos e esperanças para o dia correm para você como animais selvagens. E a primeira tarefa de cada manhã consiste simplesmente em empurrá-los todos para trás; em dar ouvidos a outra voz, tomando aquele outro ponto de vista, deixando aquela outra vida mais ampla, mais forte e mais calma entrar como uma brisa. E assim por diante, todos os dias. Mantendo distância de todo as inquietações e de todos os aborrecimentos naturais, protegendo-se do vento. No começo, nós somos capazes de fazê-lo somente por alguns momentos. Mas então o novo tipo de vida estará se propagando por todo o nosso ser, porque então estamos deixando Cristo trabalhar em nós no lugar certo. Trata-se da diferença entre a tinta, que esta simplesmente deitada sobre a superfície, e uma mancha que penetra nela . Quando Cristo disse "sede perfeitos", quis dizer isso mesmo. Ele quis dizer que temos que entrar no tratamento completo. Pode ser duro para um ovo se transformar em um pássaro; seria uma visão deveras divertida, e muito mais difícil, tentar voar enquanto ainda se é um ovo. Hoje nos somos como ovos. Mas você não pode se contentar em ser um ovo comum, ainda que decente. Ou sua casca se rompe ou você apodrecera."
sábado, 29 de outubro de 2011
Is 40:6-8
Isaías 40:6 Uma voz diz: Clama; e alguém pergunta: Que
hei de clamar? Toda a carne é erva, e toda a sua glória, como a flor da
erva;
Isaías 40:7 seca-se a erva, e caem as flores, soprando
nelas o hálito do SENHOR. Na verdade, o povo é erva;
Isaías 40:8 seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a
palavra de nosso Deus permanece eternamente
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
domingo, 23 de outubro de 2011
O início de tudo
Tudo começou com apenas um desinteresse por certas coisas que agradavam a maioria das pessoas, até ai tudo bem nada de estranho. Se tratava apenas de um incomodo, algo que de início era facilmente dissimulado e transformado, “num daqueles objetos que você compra e coloca junto com os outros móveis da casa de forma que se armonizem facilmente e à vista de todos pareçam fazer parte do ambiente,” e era assim que ele se sentia as vezes. Mas no fundo ele sabia, bem lá no fundo ele tinha certeza que as atitudes, os gestos, os assuntos, aqueles que agradavam todos, já não o agradavam e não geravam um despertar em seu espírito.
Com o tempo e com o estado contínuo das coisas, tudo cresceu, a continuidade foi o fermento final que transformou o corriqueiro em um hábito. Ele não sabe se foi o seu próprio motivador e causador daquele sentimento mas está certo de seu início, certo de seu crescimento e ainda não sabe como será seu amadurecimento. Ele não teme pois sabe que aquilo nasce de um lugar dentro dele onde tudo é mais claro, mais evidente e menos nebuloso do que tudo aquilo que geralmente são os dias da maioria das pessoas.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
domingo, 16 de outubro de 2011
O Evangelho em gêneses
Por Chuck Missler
Traduzido por Fábio Amarante
Uma Mensagem Completa
A grande descoberta é que a Bíblia é um sistema de mensagens, não simplesmente 66 livros escritos por 40 pessoas, há mais de mil anos. A Bíblia é inteiramente coerente na sustentação da evidência de uma direção sobrenatural, em cada detalhe.
Os rabinos judeus têm uma curiosa maneira de expressar esta idéia: dizem que não compreenderão as Escrituras até a vinda do Messias. Mas, quando Ele vier, não somente interpretará para nós cada passagem, Ele interpretará o verdadeiro sentido das palavras. Interpretará o exato significado de cada uma das letras e até mesmo cada espaço entre elas!
Quando ouvi isto pela primeira vez, considerei como uma exagerada e colorida expressão, até que reli Mateus 5:17, 18:
“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.
Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido."
(Um jota e um til equivalem, no hebraico, ao ponto colocado em nosso i e o corte de um t.)
Um Exemplo
Podemos vislumbrar um exemplo extraordinário no capítulo 5 de Gênesis, onde temos a genealogia de Adão até Noé. Este é um daqueles capítulos que freqüentemente passamos rapidamente por cima, como outros capítulos deste livro, por considerá-los serem simplesmente uma genealogia.
Mas Deus recompensa o estudante aplicado. Examinemos este capítulo com mais atenção.
Em nossa Bíblia podemos ler os nomes transliterados do hebraico. O que estes nomes realmente significam?
Um Estudo das Raízes Originais
O significado dos nomes próprios pode ser uma busca bastante difícil, visto que uma tradução direta não é comumente oferecida. Mesmo um dicionário léxico convencional do hebraico pode nos trazer desapontamentos. Entretanto, um estudo das raízes originais é gratificante para percebermos fascinantes detalhes.
(Um alerta: muitos auxiliares para o estudo, como um dicionário léxico convencional, podem ser bastante superficiais ao tratar de nomes próprios. Alem disto, as opiniões acerca do significado das raízes originais não estão isentas de controvérsias e variações de interpretações.)
Tomemos um exemplo.
O Julgamento do Dilúvio
Matusalém vem de muth, uma raiz que significa "morte"; 1 e de shalach, significando trazer, ou trazer em seguida. O nome Matusalém significa, "sua morte trará" 2
O pai de Matusalém profetizou a vinda do Grande Dilúvio, e certamente foi dito que enquanto seu filho estivesse vivo, o julgamento do dilúvio seria contido, mas, assim que ele morresse, o dilúvio chegaria ou seria enviado.
Você pode imaginar uma criança como ele? Toda vez que o menino pegasse um resfriado, a vizinhança toda entrando em pânico!)
E, realmente, o dilúvio veio no ano em que morreu Matusalém.3
Interessante é que a vida de Matusalém, efetivamente, é um símbolo da misericórdia divina em adiar a vinda do julgamento do dilúvio.
Portanto, é bastante significativo o tempo de vida da pessoa que mais viveu na Bíblia, apontando para a extensão da misericórdia de Deus.
Os Outros Nomes
Se o nome de Matusalém tem tão grande significado, examinemos os outros nomes para vermos o que pode estar por trás deles.
Adão
O nome de Adão significa homem. Como o primeiro homem, criado por Deus, ele era perfeito e completo.
Sete
O filho de Adão foi chamado Sete, o qual significa apontado, ou mostrado. Eva disse, "Deus me deu (mostrou, apontou) outro filho em lugar de Abel; porquanto Caim o matou”. 4
Enos
O filho de Sete foi chamado Enos, que significa mortal, fraco ou miserável. Vem da raiz anash, ser incurável, usado para tristeza, sofrimento, desgraça, doença ou perversidade.
Foi nos dias de Enos que o homem começou a corromper o nome do Deus Vivo. 5
Nota do Tradutor: Veja no final deste artigo.
Cainã
O filho de Enos recebeu por nome Cainã, que significa aflição, lamentação ou desgraça. (Uma definição mais precisa é de certa maneira difícil; algumas fontes de auxílio ao estudo infelizmente presumem que Queneu é sinônimo de Cainã.)
Balaão, olhando dos altos de Moabe, faz um trocadilho com o nome dos Queneus, quando profetizou sua destruição. 6
Não temos uma idéia precisa de como estes nomes foram escolhidos para seus filhos. Muitas vezes estavam ligados às circunstâncias do nascimento, etc.
Maalalel
O filho de Cainã foi Maalalel, que vem de Mahalal, que significa santo, abençoado ou glorificado; e El, o nome para Deus. Assim Maalalel significa o Santo Deus. Muitas vezes, em Hebraico, os nomes incluem El, o nome de Deus, como Dan-i-el, "Deus é meu Juiz", etc.
Jerede
O filho de Maalalel recebeu o nome de Jerede, do verbo yaradh, significando descerá. 7
Enoque
O filho de Jarede foi chamado Enoque, que significa ensino, instrução ou começo. Ele foi o primeiro de quatro gerações de pregadores. De fato, a mais antiga profecia registrada foi transmitida por Enoque, a qual maravilhosamente trata da Segunda Vinda de Cristo (visto que é lembrado no livro de Judas, no Novo Testamento - Jd 14, 15 ):
"E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos;
Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele."
Matusalém
Enoque foi o pai de Matusalém, como já mencionamos. Enoque andou com Deus depois de ter gerado Matusalém 8. Aparentemente, Enoque recebeu a profecia do Grande Dilúvio, que declarava que tantos anos quantos seu filho tivesse de vida, o julgamento do dilúvio seria contido. No ano em que Matusalém morreu, veio o dilúvio.
Enoque, certamente nunca morreu, foi trasladado 9 (ou, se você perdoará a expressão, raptado). É como Matusalém, o homem mais velho citado na Bíblia, morreu antes de seu pai!
Lameque
O filho de Matusalém recebeu o nome de Lameque, uma raiz hoje mais evidente, significando aflição ou lamentação.
Lameque sugere ausência de esperança.
Lameque sugere ausência de esperança.
(Este nome também é ligado ao Lameque da linha de Caim, que inadvertidamente matou seu filho Tubalcaim em um acidente de caça.10)
Noé
Lameque, é claro, é o pai de Noé, nome este derivado de nacham, trazer alívio ou conforto, como o próprio Lameque explica em Gênesis 5:29.
A Composição da Lista
Vamos agora juntá-los todos:
Hebraico Português
Adão
| Homem | |
Sete
| Apontado, determinado | |
Enos
| Mortal | |
Cainã
| Desgraça, pena, aflição; | |
Maalalel
| O Santo Deus | |
Jerede
| Descerá | |
Enoque
| Ensinando | |
Matusalém
| Sua morte trará | |
Lameque
| Desesperado, sem esperança | |
Noé
| Descanso ou conforto |
Isto é realmente extraordinário:
(Ao) Homem (está) determinado mortal penalidade; (mas) o Santo Deus descerá ensinando (que) Sua morte trará (ao) sem esperança, (o) descanso.
Eis aqui o Evangelho oculto na genealogia de Gênesis!
(Você nunca me convencerá que um grupo de rabinos judeus tramou a ocultação do Evangelho do Messias em uma genealogia de sua venerável Torá!)
Evidência do Propósito
A implicação desta revelação é que o propósito é mais amplamente desenvolvido do que aparenta à primeira vista.
Fica demonstrado desde os primeiros capítulos do Livro de Gênesis, que Deus já havia determinado completamente Seu plano de redenção para a grave situação da humanidade. É uma história de amor, escrita com sangue em uma cruz de madeira, erguida na Judéia há quase 2000 anos.
A Bíblia é um completo sistema de mensagens, o resultado de um planejamento sobrenatural. Cada número, cada nome de lugar, cada detalhe, cada jota e til aí está para nosso aprendizado, nossa descoberta, e nosso assombro. Verdadeiramente, nosso Deus é um Deus impressionante.
É admirável descobrir quantas controvérsias bíblicas parecem evaporar por um simples reconhecimento da unidade e integridade destes 66 livros, escritos por 40 escritores há mais de mil anos.
É extraordinário quantas descobertas sutis estão por trás de pequenos detalhes do texto. Alguns deles tornam-se imediatamente óbvios, com um pequeno estudo; outros são mais técnicos e necessitam pesquisas mais acuradas.
Muitas dessas descobertas são descritas em nosso Pacote Resumido, Beyond Coincidence (Além da Coincidência). Algumas são também destacadas em nosso recente livro The Creator Beyond Time and Space (O Criador além do Tempo e do Espaço).
Olhe atrás de cada detalhe: há descobertas a serem feitas! Deus sempre recompensa o estudante aplicado. Quais outras mensagens podem estar ocultas nos nomes da Bíblia? Verifique!
Bibliografia:
- Eastman, Mark, and Missler, Chuck, The Creator Beyond Time and Space, The Word for Today, Costa Mesa CA, 1995.
- Jones, Alfred, Dictionary of Old Testament Proper Names, Kregel Publications, Grand Rapids MI, 1990.
- Kaplan, Rabbi Aryeh, The Living Torah, Maznaim Publishing Corporation, Jerusalem, 1981.
- Pink, Arthur W., Gleanings in Genesis, Moody Bible Institute, Chicago IL, 1922.
- Missler, Chuck, Beyond Coincidence (audio briefing package with notes), Koinonia House, Coeur d Alene ID, 83816, 1994.
- Rosenbaum, M., and Silbermann, A., Pentateuch with Onkelos's Translation (into Aramaic) and Rashi s Commentary, Silbermann Family Publishers, Jerusalem, 1973.
- Stedman, Ray C., The Beginnings, Word Books, Waco TX, 1978.
1 Muth, morte, ocorre 125 vezes no Antigo Testamento.
2 Veja Pink, Jones, e Stedman na bibliografia.
3 Matusalém tinha 187 anos quando gerou Lameque, e viveu mais 782 anos. Lameque gerou Noé quando tinha 182 anos (Gênesis 5:25-28). O Dilúvio veio no 600º ano de Noé (Gênesis 7:6, 11). 600 + 182 = 782 idade de Lameque, o ano em que Matusalém morreu.
4 Gênesis 4:25.
5 Gênesis 4:26 é freqüentemente traduzido de forma incorreta. Targum of Onkelos:...renunciou às orações em o nome ; Targum de Jônatas: designou seus ídolos em o nome... ; Kimchi, Rashi, e outros antigos comentaristas judeus concordam. Jerônimo indicou que esta era a opinião de muitos judeus de sua época. Maimônides, Comentários na Mishná (constitui uma parte do Talmude), 1168 d.C., atribuem a origem da idolatria aos dias de Enos.
6 Números 24:21, 23.
7 Muitas autoridades sugerem que esta pode ser uma alusão aos Filhos de Deus que desceram para corromper as filhas dos homens, resultando nos Nefilim (Caídos) de Gênesis 6. Isto foi discutido em nosso artigo do mês passado (janeiro de 1996), e também revisto em nosso pacote resumido, The Flood of Noah (O Dilúvio de Noé).Gênesis 5:24.
8 Gênesis 5:21, 24.
9 Gênesis 5:24.
10 Gênesis 4:19-25; princípios rabínicos, re: Kaplan, et al.
Nota do tradutor:
Na página 26 de The Companion Bible - Samuel Bagster and Sons Limited, London - Reprinted by permission of The Bullinger Publications Trust - 1964, 1970, 1974 - Printed in
Great Britain
by Lowe and Brydone (Printers) LTD, Thetford,
Norfolk
com texto da Versão Autorizada de 1611, com notas críticas e explicativas e 198 apêndices, consta o seguinte no Apêndice 21 acerca de
ENOS (Gn 4:26) “...começou a invocar o nome do SENHOR.”.
“... então se começou a invocar o nome do SENHOR (JEOVÁ).”
Se isto se refere à adoração a Deus, não corresponde à verdade: Abel e Caim, ambos iniciaram, e seus descendentes, sem dúvida, seguiram seus exemplos.
Na realidade, ali foi iniciada a profanação do nome de Jeová. Começaram a chamar coisas pelo nome de Jeová. Na Versão Autorizada inglesa há a sugestão “a si mesmos”, na margem. Mas, a maioria dos antigos comentaristas judeus supre esta elipse pelas palavras “seus deuses”, sugerindo que eles denominavam deuses as estrelas e seus ídolos, e os adoravam.
O Targum de Onkelos explica: “naqueles dias os filhos dos homens abandonaram as orações em Nome de Jeová.”
O Targum de Jônatas diz: “Aquela foi a geração em cujos dias começou o engano, fazendo eles seus próprios ídolos e os chamando pelo nome de Jeová”.
Kimchi, Rashi, e outros antigos comentaristas judeus concordam com isto. Rashi diz: “Então houve profanação na invocação do nome de Jeová”.
Jerônimo afirma que esta era a opinião de muitos judeus, seus contemporâneos.
Maimônides, em seu Comentário na Mishná (que constitui uma parte do Talmud), ano 1168 d.C., em uma longa pesquisa sobre idolatria, mostra que considera mais provável a origem da idolatria na época de Enos.
O nome Enos concorda com isto, pelo seu significado: fraco, débil, doente, incurável. Os filhos dos homens, como “Enos”, são assim chamados por semelhante razão
Jó 7:17 “Que é o homem, para que tanto o engrandeças, e ponhas nele o teu coração”. Jó 15:14 “Que é o homem, para que seja puro? E o que nasce da mulher, para ser justo?”.
Sl 9:20 “Põe-os em medo, Senhor, para que saibam as nações que são formadas por meros homens.”
Sl 103:15 “Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce.”
Dn 2:43 “Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro.” Ver Ap 14.
Se Jônatas, o neto de Moisés, veio a ser o primeiro sacerdote idólatra em Israel (Veja Juízes 18:30), porque seria de se admirar que Enos, o neto de Adão, tenha introduzido a idolatria na humanidade?
Além disso, que “pecado” cometeu Enoque, “o sétimo após Adão” ao profetizar, conforme Judas 14 e 15 (“E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele.”) se a pureza na adoração iniciou-se nos dias de Enos, ao invés da profanação na invocação do nome de Jeová?
Certamente esta é uma evidência suficiente de que esta profanação do nome de Jeová foi a razão pela qual Enoque profetizou juízo contra os homens.
CRÉDITOS:
Este artigo de autoria de Chuck Missler foi publicado em fevereiro de 1996, edição de Personal UPDATE.
Este artigo de autoria de Chuck Missler foi publicado em fevereiro de 1996, edição de Personal UPDATE.
Nota do autor: Devido ao incomum interesse neste artigo, o revisamos e reimprimimos e para responder às inúmeras perguntas.
A página original encontra-se atualmente na www.khouse.org/update.html
Copyright (C) 1996 by Koinonia House Inc., P.O. Box D, Coeur d'Alene, ID 83816-0347
Traduzido e adaptado para o português em abril de 1999 por
Fábio Amarante
S.Bernardo do Campo - SP
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