Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Eis as palavras do Apóstolo aos Coríntios.
Retrata assim a mutabilidade das coisas. Levando-nos a entender que o Perfeito existe e acabará por nos encontrar, cedo ou tarde, não importa. Sabe-se que sempre está à porta. Pois a nós, mortais, só é dado o presente. Temos em nossas mãos apenas o presente!
Apesar das conjecturas sobre o futuro, que muitas vezes obscurecem a única coisa que realmente possuímos o agora.
E as infindáveis lembranças do passado, que clamam por atenção sem dizer exatamente a que veio e porque se prolonga tanto ocupando o hoje que já não lhes pertence. Obstruindo a passagem deste momento, deste único e precioso momento, que jamais se repetirá na nossa história.
O Apóstolo nos fala daquela parte em nós que está sempre a esperar sua completude. Fala-nos do enigma que buscamos decifrar e que um dia, no presente, se mostrará face a face.
E conhecerei como sou conhecido.
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