Tudo começou com apenas um desinteresse por certas coisas que agradavam a maioria das pessoas, até ai tudo bem nada de estranho. Se tratava apenas de um incomodo, algo que de início era facilmente dissimulado e transformado, “num daqueles objetos que você compra e coloca junto com os outros móveis da casa de forma que se armonizem facilmente e à vista de todos pareçam fazer parte do ambiente,” e era assim que ele se sentia as vezes. Mas no fundo ele sabia, bem lá no fundo ele tinha certeza que as atitudes, os gestos, os assuntos, aqueles que agradavam todos, já não o agradavam e não geravam um despertar em seu espírito.
Com o tempo e com o estado contínuo das coisas, tudo cresceu, a continuidade foi o fermento final que transformou o corriqueiro em um hábito. Ele não sabe se foi o seu próprio motivador e causador daquele sentimento mas está certo de seu início, certo de seu crescimento e ainda não sabe como será seu amadurecimento. Ele não teme pois sabe que aquilo nasce de um lugar dentro dele onde tudo é mais claro, mais evidente e menos nebuloso do que tudo aquilo que geralmente são os dias da maioria das pessoas.
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