quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Romanos 7:15


Quando quis me eximir de julgamentos, fui julgado.
Enquanto não quis acusar, me vi sentado nos tribunais, mais especificamente, no banco dos réus.
E as acusações, vieram como flechas, lançadas por mão abeis, certeiras, dilacerando o presente com um passado que até então andava adormecido na mais profunda escuridão, nos recantos mais longínquos da memória. Mas hoje escutei seus gritos ao despertar. E a mão usada para acender a luz que o acordara, nem acreditei, quando vi. Eram mãos inacreditáveis, mãos impossíveis, mãos que não podiam ser. A dor maior se deu por isso, da minha incredulidade em aceitar que as mesmas mãos que um dia me ajudaram a sair do poço, hoje me apontavam o mesmo poço, só que agora ilustrando-o com cores mais sombrias e amedrontadoras do que me lembrava.
Pareço ter recebido um soco no estomago e ainda me contorço com a dor provocada.
Gostaria de ter pulado esses minutos, de não tê-los vivido ou a entendê-los apenas como um sonho do qual já acordara faz tempo mas não me iludo a tal ponto.
E me lembro do que o Apóstolo disse ao romanos.
Apenas perdoo, pois sei que só assim sou perdoado, pois sei que passando por cima das falhas do outros as minha próprias serão galgadas aos pés.
E dessa forma vivencio a novidade de vida, que se renova a cada momento e que lança uma luz sobre tudo, extinguindo até as menores escuridades.

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