Mal, s.m. Aquilo que prejudica, fere, ofende, que se opõe à virtude, à moral, ao direito, à justiça.
Em tempos
das mídia de massa, blogs, redes sociais percebo um mecanismo, mais
velho que o próprio termo “andar para frente”, sendo reinventado
ou para se falar em termos recorrentes nos bancos das faculdades do
país – está sendo inovado. Falo da nossa capacidade de interação
social, um mecanismo essencial para se viver em sociedade mas que
como as maiores atitudes nascidas deste panteão de ideias e
informações que nos leva ao conhecimento do mundo e de nós mesmo,
ao qual damos o nome de cultura; percebo nela o bem e o mal e em nós
a escolha a ser feita. Entendemos que quanto mais adentramos na era
do conhecimento, a qual prefiro me referir como a era da informação,
mais podemos enxergar o quanto nossas atitudes são modeladas pelo
meio em que estamos inseridos. Percebemos o quanto as opiniões “dos
outros” acabam se tornando as nossas e o quanto essas opiniões
podem ser capciosas e desprovidas de fundamento e verdade. Certamente
deveríamos realmente saber do que falamos, sermos realmente
responsáveis por aquilo que, de alguma forma, mude ou seja veiculo
de mudança nas vidas, propósitos e atitudes daqueles que nos
cercão. Porém tendemos a preguiça, achamos que nossas palavras são
inofensivas. Esquecemos que uma semente lançada no chão pode
demorar a brotar, crescer e frutificar. Mas mesmo o mais simples
lavrador das terras mais longínquas deste vasto mundo de Deus sabe
que no tempo determinado e com as condições adequadas tudo nasce,
cresce e frutifica. E seremos responsáveis pelos frutos, sejam bons
ou ruins. Mesmo que não fiquemos para ver, as consequências não
tardarão. Elas serão a herança deixada.
A ideia
da maledicência parece inócua, distante demais para que nos
preocupemos com ela. No entanto espreita na porta principal de
comunicação que temos em nós mesmos, nossas bocas. E pode revelar
o mais oculto, luminoso ou sombrio existente em nosso interior.
Falando de forma mais bonita e sitando o Cristo, revela o verdadeiro
caráter de nosso tesouro oculto. Pois deixa claro nossas inclinações
mais intimas. A forma como contemplamos o mundo, nós mesmos e os
outros. Deixa-nos nus para os ouvintes mais sábios e atentos, e na
maior parte do tempo, nem nos damos conta disto, pois tendemos a
subestimar os outros em detrimento de nós mesmos. Muitas vezes
quando isso acontece nosso ego nós diz que somos melhores e aquele a quem denegrimos a imagem não passa de um coitado o qual sequer
merece nossa misericórdia, apenas nosso julgamento. E assim nos
tornamos juízes de causas que, além de injustas, não nos pertencem.
Temos de rever nossa conduta diariamente, pois enquanto nosso ego diz
que é assim os outros que nos ouvem, dependendo do grau de
“separação” em que essas pessoas estejam, podem apenas sentir
um certo desconforto ao nos ouvir ou até mesmo um certo nojo, pois
que temos nós com a vida do outro, senão com o seu bem. Se existe
em nós qualquer outra disposição que não a inclinação para o
bem e crescimento do nosso próximo deveríamos rever e mudar tal
inclinação, já que espiritualmente somos chamados à santidade.
“Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não
tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também
refrear todo o corpo.” Diz Tiago 3:2. E segue dizendo, entre
outros: Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se
de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo
incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a
língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o
corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.
Tiago 3:5-6.
Poque
tudo isso? Na era da informação vemos a banalização da fala. A
exaltação das características mais baixas do gênero. É muito
fácil falar de alguém que nem se conhece. Hoje isso tem se tornado
uma cultura, um lugar comum. Falamos mal dos politicos, dos jogadores
de futebol, dos atores, ditadores... Falamos mal até mesmo das
pessoas que dizemos amar. Esquecemos que ao fazer isso criamos o mal
para nós, para quem ouve e para aquele de quem se fala. Entreguemos
nossas motivações a Deus. Bebamos da fonte de águas vivas.
Abandonemos as cisternas rotas. E deixemos fluir de nosso interior
águas que jorrem para a eternidade. Que essas águas saciem a sede
destes que vivem em nosso tempo. Fruto de uma vida dedicada, como a dedicatória
dos livros de grandes autores, dediquemos a história de nossas vidas
a quem é de direito, a saber nosso único e verdadeiro Pai. Sejamos
o templo vivo, pronto para ser, verdadeiramente, habitado. E nos
encontremos em paz com nosso próximo e nosso Deus. Deixemos de
inflamar o curso da natureza. E passemos a usar nossos dons para a
edificação de uma obra mais excelente a qual foi planejada antes da
fundação do mundo. Escolha seu caminho!
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