“Porque
o templo
de Deus,
que sois
vós,
é santo" (1Co 3.17).
Esta
é a base fundamental de se dizer que as nossas reuniões em templos
feitos por mãos humanas são a representação ou exteriorização
daquilo que deveríamos ser em nossa essência, ou seja, o verdadeiro
templo. Diante de tal, percebemos o quanto temos falhado. Já que a
regra ai fora é o que representa e não o que é. “Mas
a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o
Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim
o adorem.” (João
4:23).
Nosso esconderijo secreto, aquele lugar localizado em nossas
profundezas e amplitudes internas, o lugar a muito preparado por Ele
e para Ele em sua relação conosco. Tornando-nos desta forma agentes
ativos de uma busca incessante e diária de um relacionamento
verdadeiro e sem mascaras, pois neste lugar tal artifício, artimanha
dos hipócritas, torna-se difícil de ser sustentado. Já que assim
nos colocamos no lugar onde não podemos ser outra coisa além de nós
mesmos. Não fazemos uso de nossas exteriorizações para a adoração,
neste lugar em nosso interior, somos obrigados a ser o que realmente
somos, nem mais nem menos. Nos tornamos aquilo que fomos realmente
feitos para ser. Simples e complexos, mas ainda assim, simples.
Como
Deus nos vê e julga através das características que demonstram a
verdadeira essência da qual constitui as bases daquilo que somos, é
retirado do nosso alcance qualquer escuridade que sirva de
ocultamento de nossas vergonhas e falhas; das quais as
exteriorizações estão saturadas e contaminadas e assim se
constituem no lugar menos seguro para que alguém possa permanecer.
Basta-nos
olhar, não para os outros mas para nós mesmos, desta maneira
perceberemos que nossas atuações são mais amplas e sutis que
imaginamos. Enxergaremos que por mais simples que tentamos ser, à
vista das outras pessoas, volta e meia nos enrolamos com a outra face
da moeda, a saber, a face dos disfarces, da caracterização, da
manipulação de gestos e atitudes que nos leva a criar falsas
identidades, que no fim se tornam um fardo e não alívio. Tentamos
ser prefeitos, porém, da forma errada. Se usamos de tais artifícios
estamos mentindo, pois criamos para nós um mundo de ilusões e
fantasias, exteriorizações que são as atuações para o outro e o
mundo.
Somos
conclamados a santidade, santidade verdadeira, não exteriorizada e
nem fingida, aquela que nos revela, e que revela, nossas fraquezas,
forças, debilidades e aptidões, em fim, quem somos de fato e de
direito; e não que cria uma fortaleza ilusória de
invulnerabilidade. O chamado que nos foi feito é para sermos quem
realmente somos e assim, pela graça de Deus sermos transformados
naquilo que Ele quer que sejamos. Para que tal coisa aconteça
precisamos encontrar o caminho de volta, o caminho que nos tire da
estrada das complexidades teatrais das exteriorizações e nos leve a
simplicidade que há em Cristo e nos tornemos seus verdadeiros
imitadores, aqueles que aprendem e que bebem da fonte de Sua
plenitude, que se iluminam em Sua presença.
Fomos
avisado da estreiteza da porta. Isso de que falo nos coloca no
caminho proposto, o Caminho ao Pai. "Esforçai-vos por entrar
pela porta estreita, pois muitos, eu vo-lo digo, procurarão entrar e
não conseguirão.” (Lucas 13:24)
Sejamos
honestos. Cabe-nos a brandura com os outros e dureza, no que diz
respeito a nós mesmos. Uma vez que a responsabilidade de nossas
atitudes nos são atribuídas como frutos. Julguem-se a si mesmos; é
o que o Apóstolo Paulo diz. E após fazerem isso, busquem o
Altíssimo no lugar certo onde Ele pode ser encontrado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário