sábado, 3 de março de 2012

O Poder de Pequenas Orações


Essa semana tive uma experiência bem simples mas muito significativa no campo espiritual. Desde minha conversão tendo a olhar para as pessoas com olhos que buscam enxergar mais as possibilidades e acertos do que os defeitos propriamente dito. Porém nos últimos tempos tenho percebido que essa atitude tem escondido da minha percepção aquilo que realmente existe no interior daqueles que nos cercam.
Incomodado com isso decidi fazer aquilo que desde sempre nos foi proposto, que entrássemos em nosso quanto, fechássemos nossa porta e lá, em oculto, expuséssemos nossas petições a Deus. Assim fiz, através de uma simples oração, pedindo que meus olhos espirituais fossem abertos e que daquele momento em diante enxergasse as pessoas como são realmente e não como aparentam ser.
Feito isso continuei minha vida, que por sinal anda bem corrida. Um dia depois, no decorrer daquele que parecia um dia “comum” de trabalho, vejo uma sucessão de falhas e erros recaírem sobre mim. Um dia extremamente conturbado cheio de situações que só se me dividisse em dois conseguiria fazer. Passou o dia! Aos trancos e barrancos; fui para casa e dormi uma boa noite de sono, já que só encontro paz verdadeira em Deus, e não em situações das quais tenho ou não controle, então descansei. No outro dia as consequências dos tais erros. Percebo que coisas que poderiam ser resolvidas “internamente” tomaram proporções nunca imagináveis. Mantive a tranquilidade. É impressionante como nossa Rocha realmente evita que nos movamos segundo o curso das tempestades que nos atinge. Fui chamado por duas vezes para explicar as ocorrências. Assim o fiz!
Não quero pormenorizar o assunto pois isso exigiria da minha parte relacionar nomes, pessoas e situações distintas e a intenção deste texto não é falar dos erros e acertos dos outros, porém, dos meus. Passado os períodos de explicações percebi as fontes que fizeram a história crescer de forma tão negativa.
Primeira reação: Descrença, de ver que as pessoas realmente usem os outros para se fazer e fazer suas carreiras.
Segunda reação: Conformismo, em saber que eu já tinha sido avisado que o mundo era assim mesmo.
Destarte não atentei para o fato mais importante da fatídica experiência: A ORAÇÃO ANTERIORMENTE FEITA. Só me lembrei da oração um dia depois, ao telefone, falando sobre o ocorrido com minha mãe. Ai sim consegui ligar as pontas soutas da história e perceber que era exatamente o que tinha pedido na minha oração, que visse as pessoas como elas realmente são e não através desta lente idealizada que tenho usado nos últimos anos achando que todos a minha volta são bonzinhos. Não! Não são! É triste, mas verdade. Isto de forma alguma me desanima, muito pelo contrário, fortalece. Entendo que muitas vezes nossas orações são respondidas, somos nós que não conseguimos interpretar as respostas que recebemos, insensíveis demais para ver e aceitar. Devemos realmente, sermos simples como pombos e prudentes como as serpente. Sou grato pelos acontecimentos pois sem eles jamais veria o que realmente é. E viveria com minha idealização erronia e destrutiva. Espero agora ter as atitudes corretas em relação àqueles que ainda se prestam a tais papeis.
Terceira reação: ORAR.

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