Essa
semana tive uma experiência bem simples mas muito significativa no
campo espiritual. Desde minha conversão tendo a olhar para as
pessoas com olhos que buscam enxergar mais as possibilidades e
acertos do que os defeitos propriamente dito. Porém nos últimos
tempos tenho percebido que essa atitude tem escondido da minha
percepção aquilo que realmente existe no interior daqueles que nos
cercam.
Incomodado
com isso decidi fazer aquilo que desde sempre nos foi proposto, que
entrássemos em nosso quanto, fechássemos nossa porta e lá, em
oculto, expuséssemos nossas petições a Deus. Assim fiz, através
de uma simples oração, pedindo que meus olhos espirituais fossem
abertos e que daquele momento em diante enxergasse as pessoas como
são realmente e não como aparentam ser.
Feito
isso continuei minha vida, que por sinal anda bem corrida. Um dia
depois, no decorrer daquele que parecia um dia “comum” de
trabalho, vejo uma sucessão de falhas e erros recaírem sobre mim.
Um dia extremamente conturbado cheio de situações que só se me
dividisse em dois conseguiria fazer. Passou o dia! Aos trancos e
barrancos; fui para casa e dormi uma boa noite de sono, já que só
encontro paz verdadeira em Deus, e não em situações das quais
tenho ou não controle, então descansei. No outro dia as
consequências dos tais erros. Percebo que coisas que poderiam ser
resolvidas “internamente” tomaram proporções nunca imagináveis.
Mantive a tranquilidade. É impressionante como nossa Rocha realmente
evita que nos movamos segundo o curso das tempestades que nos atinge.
Fui chamado por duas vezes para explicar as ocorrências. Assim o
fiz!
Não
quero pormenorizar o assunto pois isso exigiria da minha parte
relacionar nomes, pessoas e situações distintas e a intenção
deste texto não é falar dos erros e acertos dos outros, porém, dos
meus. Passado os períodos de explicações percebi as fontes que
fizeram a história crescer de forma tão negativa.
Primeira
reação: Descrença, de ver que as pessoas realmente usem os outros
para se fazer e fazer suas carreiras.
Segunda
reação: Conformismo, em saber que eu já tinha sido avisado que o
mundo era assim mesmo.
Destarte
não atentei para o fato mais importante da fatídica experiência: A
ORAÇÃO ANTERIORMENTE FEITA. Só me lembrei da oração um dia
depois, ao telefone, falando sobre o ocorrido com minha mãe. Ai sim
consegui ligar as pontas soutas da história e perceber que era
exatamente o que tinha pedido na minha oração, que visse as pessoas
como elas realmente são e não através desta lente idealizada que
tenho usado nos últimos anos achando que todos a minha volta são
bonzinhos. Não! Não são! É triste, mas verdade. Isto de forma
alguma me desanima, muito pelo contrário, fortalece. Entendo que
muitas vezes nossas orações são respondidas, somos nós que não
conseguimos interpretar as respostas que recebemos, insensíveis
demais para ver e aceitar. Devemos realmente, sermos simples como
pombos e prudentes como as serpente. Sou grato pelos acontecimentos
pois sem eles jamais veria o que realmente é. E viveria com minha
idealização erronia e destrutiva. Espero agora ter as atitudes
corretas em relação àqueles que ainda se prestam a tais papeis.
Terceira
reação: ORAR.
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