domingo, 10 de julho de 2011

Solidão.

Ela é para fracos ou fortes?
É boa ou ruim?
É branca, negra, mulata, amarela... ou para ela raça não faz diferença?
É só em si mesma ou pode estar acompanhada de uma, duas ou até mesmo uma multidão?
Quem é ela, qual sua cara?
Por que a uns ensina e a outros aterroriza?
Por que uns não se importam com a sua e outros se escondem dela em meio as multidões, esquivando-se e disfarçando-se como pode, buscando todas as faces disponíveis para não serem reconhecidos por ela.
Sentimos os seus ardis na nossa primeira respiração, quando nos vemos abruptamente cortados e separados daquela que até então parecia parte de nós, nossa mãe. Somos cortados, podados, o metal frio se faz implacável em sua poda e sentimos dessa forma uma outra presença, mais sutil, abstrata e real, tendo nossa primeira experiência  de estamos só.
Ela se fez a maior confidente dos homens, pois compartilha com eles todos os segredos, sabendo-os todos, não se importa em ser chamada pois sempre esta presente.

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