domingo, 18 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
Tempos e Propósitos
Revendo
uns escritos antigos de uma outra época. Um tempo de outras
vivencias. Tempo de lutas internas e externas, que nem eu
compreendia. Hoje nem se quer me lembrava de que tudo aquilo havia acontecido. Foleando e relendo o passado, vi o quanto Jesus Cristo trabalha
em nossa vida. Mesmo nos momentos em que não percebemos.
Principalmente nos tantos momentos não percebidos.
Segue
a baixo trechos,transcritos de quase dez anos atrás. Eu mesmo me
surpreendi com o que lia. Ao ver, parecia estar lendo a história de
uma outra pessoas da qual já não me lembrava. Da qual sabia, onde a permanência naqueles caminhos levariam.
...mas
a tristeza do mundo opera a morte.
[1]
...
Trechos esparsos de um contexto passado.
Data provável: 2001/2002
Data provável: 2001/2002
Primeiro
não sabia o que queria, apenas sonhava, agora nem sonho mais. Os
sonhos me abandonaram. Ou será que eu abandonei os meus sonhos?
Não sei se a confusão está dentro de mim ou fora, no mundo, onde eu estou projetado e ao mesmo tempo deslocado e perdido.
Dói
não dominar as explicações. Minha mente trabalha de forma
incontrolável, voraz, sagaz, ela já não é a mesma, meu corpo já
não é o mesmo. Uma reação em cadeia foi iniciada e já não pode
mais ser controlada. As rédeas se soltaram e já não as consigo
encontrá-las
Me
perdi dentro de uma realidade distorcida. Um sonho mal realizado. O
temor de não saber o que se teme. A fome, não a física uma outra
maior, inexplicavelmente maior.
A
face invisível da melancolia se apresenta pela primeira vez. E
depois de vista nunca mais será esquecida.
Sua
força em meu peito só pode ser comparada a criação de um
universo, que sai de você e se torna exterior, independente. Dentro
o que sobra é escuro, vazio e úmido.
Não
sei mais o que sinto. Não sei se quer se sinto alguma coisa. Porque
a tempestade sempre volta, trazendo consigo escuridão, frio e medo e
sempre leva para si, algo que você achava ser valioso.
Agora
o objetivo é conviver com a chuva fria que cai, só que agora
triste, sozinho e num terreno espinhoso. Atrás apenas rastros de
pés descalços e cansados demais para aguentar. Agora é só você e
Deus.
O
tesouro que você encontrou não vale mais nada. E depois da
tempestade, todos os navios afundaram.
Não
vejo a dor que sinto mas percebo suas feridas abertas deixadas por
ela diariamente. Como conviver com isso.
Existem
perguntas vitais sendo feitas. Me sinto tão fraco e vulnerável. As
vezes não sinto o chão sob os meus pés, sei que isso é aquela
linha invisível e ténue entre a loucura e a sanidade. Questões
atormentam minha mente, noite e dia. Não começou ontem ou anteontem
mais sim há anos. Anos de uma loucura muda, que grita dentro de um
peito a espera de uma resposta. Anos de agonia, anos que a tempestade
veio e a calmaria se foi e nunca mais voltou. Onde o sol parece nunca
brilhar.
Vivêncio
o desespero permeado por silêncio e dor. Silêncio meu e dos outros. Uma dor muda. Muda pois os ouvidos à volta, dos que tais dor sentem,
sempre se fazem surdos demais, já que na verdade ela grita, esbraveja e
reluta usando as últimas forças que lhe resta mas ninguém ouve e
ninguém vê. Alguns talvez sintam mas não se sentem capazes de
fazerem nada.
Sentimentos
contrários explodem no meu peito o tempo todo. Mudar é tão
difícil, continuar mais ainda.
...
Porque
a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, o
qual não traz pesar... [2]
Vi
que ao ler meus próprios escritos não reconhecia em mim, hoje quase
dez anos depois, o mesmo pessimismo a mesma pessoa. Tais coisas era
de um tempo em que Deus era apenas uma ideia distante e distorcida da
qual eu fugia com todas as minhas forças conscientes e
inconscientes.
Um
Deus ao qual, mais ou menos um ano após esses trechos, eu decidiria
abraçar e com todas as minhas forças agarrar e compreender seus
planos para mim e para os que me cercam. Vi uma evolução acontecer
nem rápida demais, que de alguma forma eu não pudesse assimilar e
viver. Nem lenta demais de forma que eu pudesse desanimar de suas
metas e seus caminhos. Perfeita em seus tempos e propósitos.
Um
tempo e um caminho certo havia sido traçado. Não entendi tudo que
se passou nesse tempo. Mas de uma coisa eu sabia que Aquele mesmo,
que me chamou de tão densas trevas, me sustentaria e me fortaleceria
nesta nova jornada.
As
dúvidas, do mesmo jeito que se formaram, pareciam com perseverança,
se dissiparem. Transformando-se em certezas tão arraigadas que nem
as maiores tempestades poderiam abalar. Já que meu novo refúgio era
o Altíssimo.
As
mudanças de Deus trazem vida e descanso para nossas lutas e
aflições. Geram em nós, vasos de barro, um tesouro Dele e para Ele
e mesmo que o vaso se quebre Suas mão são abeis para consertá-lo e
seu tesouro nunca se perde pois jamais será arrebatado de Suas mãos.
Hoje entendo o significado de: Minha alegria é o Senhor.
Fonte:
[1]
– [2] 2 Coríntios 7:10
sábado, 3 de dezembro de 2011
A Lógica das Crianças
Pai reforma apartamento
do térreo.
Depois de algum tempo, conversa com filho de seis anos no corredor do segundo
andar, onde eles moram.
O pai diz: Acho que
vamos nos mudar lá para baixo. O que você acha?
O filho de seis anos
diz: Não.
O pai pergunta: Por que
não?
O filho responde: Não,
porque não!
O assunto se encerra.
A lógica irrefutável
do filho parece prevalecer.
Tudo que se ouve agora
no segundo andar do corredor daquele prédio é pai e filho em um
profundo silêncio.
O filho já brincando com alguma outra coisa.
O pai, por sua vez, em
uma reflexão que parece durar muito tempo.
Não é atoa que o
Reino dos Céus pertence as crianças.
Jesus, porém, disse: Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus.
Mateus 19:14
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